Região do Paraná é referência no cultivo do feijão

A Cooperalfa

Um dos destaques é o município de Vitorino, onde está localizada uma filial da Alfa

Publicado em 04/11/2024

O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Paraná divulgou uma previsão em que sinaliza que o feijão teve aumento de área nesta segunda safra, passando de 294,7 mil hectares no ciclo 2022/23, para 402,9 mil hectares. A pesquisa apontou, ainda, que a produção deve ser superior em 34% relativamente ao ciclo anterior e pode chegar a 646 mil toneladas neste ano.

 

Na avaliação do engenheiro agrônomo que atua na filial de Vitorino/PR, Luciano Hubler, no Sudoeste do Paraná, o produtor tem um grande apreço pela cultura e não mede esforços para atender a alta demanda pelo grão. Para se ter uma ideia, na safrinha passada, a região cultivou em torno de 180 mil hectares e só no município de Vitorino, onde está localizada uma das unidades da cooperativa, foram 18 mil hectares.

 

Do plantio ao bom resultado

Luciano explica que para cultivar o feijão, o ideal é escolher uma área que não tenha sido implementada a mesma cultura anteriormente, seguindo a orientação de fazer a rotação, com uma boa quantidade de palhada no solo. “Esse é o herbicida mais eficiente que existe para o controle de plantas daninhas”, assinala.


Além disso, antes de iniciar o processo é importante fazer uma boa dessecação. “No momento da semeadura, alguns fatores são fundamentais, a exemplo de: escolha de uma semente de boa qualidade (sadia e livre de patógenos e que tenha recebido um tratamento adequado) – fator determinante para uma boa produtividade de feijão; efetuar a inoculação da semente; seguir a indicação de fertilizantes por meio da análise de solo; e ainda, observar a recomendação da população de feijão, a qual se altera conforme a cultivar”.

 

O feijão é uma cultura de ciclo rápido e o tempo que envolve a germinação até a maturação fisiológica, dura em média 90 dias, portanto, é fundamental não errar no manejo. “Na minha avaliação, a limpa é um momento determinante, além disso, o produtor precisa analisar qual é a planta invasora e se o desafio é a folha larga ou estreita. Vale lembrar que o feijão é muito sensível aos herbicidas, por isso, vale a cautela na indicação e aplicação dos produtos. Atualmente, o leiteiro é uma das principais plantas daninhas e de difícil controle”, comenta o agrônomo.

 

Outro ponto que envolve o manejo da cultura do feijão, é fazer aplicações fúngicas de forma preventiva. “Assim como na soja, por exemplo, é melhor prevenir do que remediar. Noites frias com umidade alta, podem levar ao aumento da ocorrência de doenças, como a antracnose. Considerada um dos principais vilões da cultura, é uma doença causada pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum. A bacteriose é outro problema que afeta o feijão, além de lagartas, ácaros e percevejos”, alerta Luciano ao citar que o ideal é optar por um fungicida multissítio e indutores de resistência.


Em caso de dúvidas, não hesite em buscar orientações juntamente à equipe da Alfa que está à disposição para esclarecimentos. Mantenha o foco em um manejo mais assertivo para evitar a perda de produtividade e boa safra!

 


Assessoria de Imprensa Cooperalfa.