Ética e Moral: o balanço entre o coração e a razão
Tema foi abordado na segunda palestra da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
Na sexta-feira, 8 de novembro, os colaboradores da Cooperalfa participaram da segunda palestra da Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT), com o tema: ‘Ética e Moral’ com o advogado e coordenador corporativo da Aurora Coop, Cristiano Popov Zambiasi. O advogado salientou o quanto a ética no trabalho se concentra nos princípios e valores e são fundamentais no comportamento profissional apropriado.
Os colaboradores de uma cooperativa possuem um papel importante, independentemente do seu nível hierárquico, e suas atribuições têm impacto direto nos resultados. “As decisões e atitudes que o colaborador realiza devem ser pautadas na ética e moral compartilhada para que suas ações estejam de acordo com o esperado”. Segundo o palestrante, a moral está relacionada à obediência às normas do código de conduta, enquanto a ética diz respeito ao profissional que cumpre as suas atividades conforme os princípios estipulados pelo empregador.
Ao destacar os conceitos de ser ético, Zambiasi ressaltou: “agir segundo as regras de convivência, ter respeito, seguir os valores e os códigos de conduta do ambiente em que se vive, ter atitudes que não prejudiquem os outros sem quebrar as regras de convivência e que não contrariam o que se considera certo e justo”, disse. Conforme Zambiasi, as pessoas que agem de forma antiética não se preocupam com os valores sociais, com pessoas, grupos ou com a sociedade.
Entre os valores da Cooperalfa, Cristiano resgatou a integridade e segurança, transparência e verdade, valorização da família associada, o comprometimento e entusiasmo, envolvimento com a comunidade, atuação coletiva e a inovação. “A Cooperalfa entende que, ao fazer o certo, torna as pessoas melhores, por isso não tolera e pune o assédio sexual, moral e preconceitos de toda e qualquer natureza, como financeiro, étnicos, de gênero, culturais, ideológicos, políticos ou que simbolizem o desrespeito, ameaça, intimidação entre funcionários sendo de qualquer nível hierárquico”.
As relações interpessoais no ambiente de trabalho
As condutas abusivas, como comportamento, palavras, atos, gestos ou escritas, podem causar danos a personalidade, dignidade ou à integridade física e psíquica de uma pessoa, pondo em perigo o seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho. Cristiano destacou as principais características do ofensor: “Desejo de poder, de humilhar a vítima com exigências absurdas, sádicos e perversos, provocam violências morais, se comportam por gestos e tem condutas constrangedoras, inferioriza, amedronta, menospreza, difama, ironiza, faz brincadeiras de mal gosto, além de possuir habilidades em manipular, com comportamento reprovável que cause constrangimento”.
Comportamento de vítimas
As vítimas de assédio podem ser identificadas por meio de atitudes como querer se isolar, desmotivação e a mudança repentina de comportamento, podendo ocorrer de forma presencial como também virtual, através das redes sociais, ou dispositivos eletrônicos de comunicação. Os casos de assédio moral no trabalho acontecem mediante críticas de forma injusta ou demasiada, ao privar a vítima de acessar seus instrumentos de trabalho como telefone e computador, não transmitir informações úteis para a realização de tarefas, impedir ou dificultar que a vítima obtenha promoção, desconsiderar as recomendações médicas e delegar tarefas sem sentido ou humilhantes, chamar a vítima por apelidos pejorativos ou degradantes.
O palestrante ainda citou outros tipos de assédio, como bullying, termo utilizado para identificar o assédio moral no ambiente escolar, que diz respeito à violência física ou psicológica. O cyberbullying acontece por meio das tecnologias digitais, onde pessoas se passam ou outras através de fotos e vídeos. E o assédio sexual, que diz respeito a constranger alguém com o intuito de obter vantagens ou favorecimentos de cunho sexual.
Consequências
Entre as consequências para uma instituição, Cristiano destacou processos judiciais, prejuízos financeiros, insatisfação e indignação dos colaboradores, imagem negativa da cooperativa perante a opinião pública. Já para o assediador, resultam em demissão por justa causa, prejuízo na continuidade da carreira profissional, ações judiciais regressivas, além de responsabilidade penal. Cristiano ainda encerrou a palestra dizendo: “Chamamos de ética o conjunto de coisas que as pessoas fazem quando todos estão olhando. O conjunto de coisas que as pessoas fazem quando ninguém está olhando, chama-se caráter”.
Assessoria de Imprensa Cooperalfa