É preciso abrir a janela da alma

Na segunda-feira, 4 de novembro, foi realizada a abertura oficial da SIPAT. Os colaboradores tiveram a oportunidade de assistir e participar da palestra com o tema ‘Comportamento seguro’ com Cleudete Maria Amorim. Durante a abertura, o presidente da Cipa, Felipe Bittencourt, agradeceu a participação dos colaboradores, o engajamento dos cipeiros e falou sobre a escolha da temática. “O tema 'Conscientizar é evoluir' busca atender várias temáticas dentro da cooperativa, de uma forma que possa despertar nos colaboradores a consciência do cuidado e a atenção no dia a dia”. 

O coordenador de saúde e segurança do trabalho, Nei Parabocz, destacou a importância da prevenção. “Não podemos esperar que aconteça um acidente para então mudar nossas atitudes, precisamos reverter esse quadro, eu cuido da minha segurança e da sua, culturas positivas fazem a diferença”. 

A palestrante iniciou falando sobre o comportamento seguro e a importância de ter consciência dos atos e comportamentos. “Grande parte dos acidentes acontece por falta de atenção e conscientização”, disse. O comportamento seguro em uma cooperativa está relacionado a como os colaboradores agem para prevenir acidentes e promover a segurança no trabalho. “Envolve uma mentalidade preventiva e a adoção de ações para proteger a integridade de todos e isso refere-se às ações, atitudes e decisões que contribuem para a prevenção de acidentes e promoção de um ambiente de trabalho melhor e mais seguro”. Além de garantir a integridade física dos funcionários, um ambiente de trabalho seguro impacta diretamente no sucesso da empresa, pois promove o bem-estar dos colaboradores, resultando em maior satisfação e produtividade.

Escolhas que impactam a segurança mental

Ao citar a importância de manter a saúde mental no trabalho, Cleudete citou a capacidade de saber lidar com o estresse profissional sem adoecer. “A prevenção e a segurança são aliadas às práticas diárias, é preciso abrir a janela da alma, saber ouvir o colega do lado quando acontecem as coisas bonitas, mas também as não tão bonitas. Às vezes ele pode estar passando por algum problema, mas o fato de conversar, perguntar se está tudo bem pode ajudar para que ele sinta-se melhor”, disse. 

A cooperação numa cooperativa é essencial por gerar resultados coletivamente. “No ambiente de trabalho, a cooperação pode ser exercitada através da empatia, entender o lado da outra pessoa, as suas dificuldades e necessidades”. Entre as escolhas que impactam na segurança mental está a ansiedade. “A terapia do elogio faz a diferença, inspira e respira antes de tomar uma decisão. Toda vez que você respira, evita a ansiedade que insiste em bater na nossa porta todo dia”. Segundo a palestrante, o controle da respiração é essencial para uma vida mais saudável. “O erro é uma oportunidade de acertar, mas temos dificuldade de afirmar o erro. É na simplicidade que nos tornamos ricos e cada um tem a capacidade de controlar a ansiedade”. 

A fobia social ou síndrome do pânico acontece em pessoas que têm medo de ficar próximas umas das outras. O desconforto é tão intenso que a pessoa passa a evitar sair de casa ou se expor a novas situações. Os sintomas incluem medo excessivo de situações em que a pessoa possa ser julgada, preocupação com constrangimento ou humilhação e até receio de estar ofendendo alguém. 

Outro fator que impacta na saúde mental e afeta 5,8% da população brasileira é a depressão. O “mal do século” é um transtorno mental frequente. Segundo Cleodete, a depressão não tem cura e a transformação real acontece de dentro para fora, começando pelo coração e pela mente. “Não basta cuidar do corpo, é preciso cuidar da mente e do espírito, buscar a cura para as feridas abertas na alma, então seja gentil com você em primeiro lugar".

 E por fim, a palestrante citou a síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, comum em profissionais que trabalham sob pressão e com responsabilidade constante. “É importante não se sobrecarregar, manter o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho”. 

O que fazer para equilibrar-se?

• Praticar o autoconhecimento: refletir sobre a personalidade, identificar as características, gostos, valores, fraquezas e propósitos, ajudar a desenvolver a inteligência emocional, a resiliência, a flexibilidade e a autonomia. 

• Respeitar seus limites: significa deixar claro para as pessoas como se sente, do que precisa e até onde pode ir. “Isso não significa ser egoísta, mas sim entender que, muitas vezes, ir além do que se consegue tem repercussões negativas no corpo e na mente, o limite do outro termina quando começa o meu”.

• Pensar antes de agir: é uma forma de lidar com as adversidades e evitar reações impulsivas. Agir sem pensar pode levar a comportamento de risco e arrependimento. “As palavras não voltam e às vezes, numa palavra mal dita, ofendemos alguém”. 

• Exercitar a autoconfiança: reconhecer suas virtudes, não se comparar a outras pessoas, confiar no seu potencial e ser gentil consigo. “Busque desafios e coisas novas. As experiências passadas ajudam a evoluir, e a sua trajetória mostra quem você é e o que conquistou, por isso não despreze o seu passado”.

• Identifique suas fraquezas: entender e aceitar nossas fraquezas é um processo contínuo que exige reflexão e autocrítica. “Ser honesto consigo mesmo é fundamental ao identificar as fraquezas. Ao admiti-las, abrimos caminho para a transformação”.



• Saiba dizer não: “quando você diz não, você está trocando amizade por respeito”. 

Colaboradores durante primeira palestra da Semana Sipat

O caminho das realizações

Cleodete ainda deixou a receita para a realização dos sonhos. “Comece de onde está, use o que você tem e faça o que você pode, quando digo controlar emoções, me refiro às emoções realmente estressantes e incapacitantes. Sentir emoções é o que torna a nossa vida rica. Algumas pessoas fazem do sol uma simples mancha amarela, outras fazem da simples mancha amarela o seu próprio sol, faça você a diferença”. 

Assessoria de Imprensa Cooperalfa